quarta-feira, 17 de março de 2010

Do "Super NES" ao "Playstation3" via "Rock Band"


Há muito tempo, desde que troquei meu Super Nintendo pela guitarra no início da década de 90, não me interessava por videogames. Nem mesmo por jogos de computador. Não era nenhuma questão do tipo “Não sou mais criança pra ficar brincando com esses joguinhos”. Era uma falta de interesse mesmo. Passei a achar mais interessante investir o meu dinheiro em CDs (que ainda eram baratos naquela época) do que em cartuchos de jogos. Isso até o fim do ano passado, quando na casa de um amigo conheci o tal do Rock Band.

É claro que já tinha ouvido falar de Rock Band e Guitar Hero. Mas não sabia (ou não queria saber) bem do que se tratava. Achava que era mais um jogo qualquer e que não teria a mínima graça pra alguém que já tocasse um instrumento musical de verdade. De fato, quebrei a cara.

Em pouco mais de duas horas vi que a brincadeira era realmente interessante. Principalmente jogando com mais de uma pessoa. Os que nunca tocaram um instrumento vão ter pela primeira vez a sensação de estar em uma banda. Os que tocam, vão se divertir do mesmo jeito com a “realidade” que o jogo passa. Você só escuta as notas que foram tocadas corretamente. Se errar muito, recebe vaias. Se continuar errando, seu “show” é interrompido você, expulso do palco.

Além de tudo, as músicas foram escolhidas para agradar qualquer um que tenha curtido rock e pop em algum momento entre os anos 60 e 2000. Vai de Beatles à System of a Down, passando por Bon Jovi, Pearl Jam, Black Sabbath, Metallica, Alanis Morissette, e muitos outros. 

Rock Band e Guitar Hero são na verdade dois jogos diferentes, mas com a mesma estrutura. Nos dois é possível jogar até quatro pessoas ao mesmo tempo, tocando guitarra, bateria, baixo e cantando. O que complicava era que até bem pouco tempo atrás, os instrumentos do Rock Band não funcionavam direito no Guitar Hero e vice-versa. As últimas edições dos dois jogos passaram a ser compatíveis, facilitando bastante a vida dos “músicos”, que agora podem comprar os instrumentos de um jogo e jogar no outro, aproveitando a variedade de títulos das duas marcas.

Tudo mudou no mundo dos games nesse tempo em que estive afastado. Hoje muitos jogos estão disponíveis para todos os consoles do mercado (sem aquela exclusividade da era “Sega ou “Nintendo”), os cartuchos não existem mais e as mídias usadas são o DVD e o Blu-ray, é possível se jogar online com qualquer pessoa no mundo e baixar jogos via wireless pelo próprio videogame.

Isso tudo resulta num significativo aumento no custo de todos esses produtos. A brincadeira, incluindo o console, jogos e o kit de instrumentos, por exemplo, não sai por menos de US$ 500,00, isso comprando nos Estados Unidos. Aqui no Brasil nem se fala. Mas posso garantir que o investimento vale a pena. Como escolhi o Playstation 3, ainda ganhei de quebra um blu-ray player (o aparelho do Playstation 3 é o único no mercado que reproduz os discos de blu-ray). 

Segue um vídeo de divulgação do “Rock Band: Beatles”, lançado em 2009:


2 comentários:

Unknown disse...

O problema do Rock Band é não aceitar as viradas e improvisações que vc faz na bateria. A criatividade deveria ser premiada, mas acabo sempre tomando vaia...hehehehe

Alexandre Malaguti disse...

é. na verdade, naquele momento da virada o que importa é acertar a última nota, que é sempre o pad verde do prato. Mas eles podiam aperfeiçoar isso mesmo... agora no "hard" e no "expert" sempre ganhos umas vaias tb... hehehe